quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Coronel Paiva, o patriaca do clã Bueno Brandão que colocou Ouro Fino no mapa...

A pintura acima foi capa da revista comemorativa do centenário do Grupo Escolar Coronel Paiva, lançada em 19 de setembro, durante a festa em homenagem à professora Guilly Lemos Jardim. A edição da revista e a homenagem foram coordenadas pelo professor José Fernando.

Aqui está o Coronel Francisco Paiva Bueno, o patriarca fundador do clã Bueno Brandão que exerceu grande influência política ainda durante o Brasil Império, na chamada Velha República e até mais recentemente.

O Coronel Paiva, como ficou conhecido, nasceu em 1823, um ano depois de declarada a independência do Brasil. Apenas um pouco mais velho que Dom Pedro II, companhou as instabilidades e bonanças políticas e econômicas das diversas fases do regime monárquico e escravocrata.

Assistiu a mudança dos pólos produtores de café do Rio de Janeiro e Espírito Santo para São Paulo e Minas Gerais. Morreu em 1899, aos 76 anos, vida bastante longa para aquela época, um ano depois da Abolição da Escravatura e no mesmo ano da Proclamação da República. Nove anos antes, em 1880, Ouro Fino, quando o Brasil ainda era uma Monarquia, havia sido elevado à categoria de município.

Dou estas informações porque estamos acostumados a ligar os conservadore apenas ao pior. Mas conservadores também fazem parte de processos mudanças, de avanços. Ao apoiar a República, o clã Bueno Brandão ajudou a consolidar canais de consolidação da democracia, como as escolas públicas. Então, o patriarca Coronel Paiva passa a fazer parte da história das famílias de Ouro Fino, de posses ou não, porque um dos primeiros Grupos Escolares de Minas Gerais foi construído na cidade, em terreno que fazia parte de seu espólio, doado pelo filho Júlio Bueno Brandão.

Estas duas janelas, sombreadas pela árvore mais que centenária, plantada pelo próprio Coronel paiva, são da sala do meu primeiro ano primário. A professora era Dona Lígia Margini.
A bela fachada principal do Grupo Escolar Coronel Paiva,onde meus pais, tios e primos também estudaram.

- clique na imagem para melhor identificar as professoras -

Acima, a foto oficial do corpo docente do Coronel Paiva por ocasião do cinquentenário da escola, em 1959, quando minha família já havia se mudado para Arapongas, Norte do Paraná.

Destaco na foto: sentadas, na ponta à esquerda, Gracy Guimarães, casada com o irmão da minha mãe, Ido Pellicano;na ponta, à direita, Dona Guily Lemos Jardim que teve o privilégio de uma vida longa e fez também parte das comemorações do centenário da escola. A quarta da esquerda para a direita, é Ligia Margini, minha primeira professora; a última é Julieta Burza.

Agora a relação completa das professoras, como me foi encaminhada por José Fernando:
Em pé da esquerda para a direita: Edyr Martins do Espírito Santo, Antônia Gusmão, Dulce Ferreira, Lígia Margini, Nilza Godoi, Áurea de Lucas, Miréia Marcos Louro, Adélia de Oliveira, Marieliza Rivelli, Julieta Burza. Sentadas, tambémd a esquerda para a direita: Graci Guimarães, Virginia Dorothy dos Santos, Leonor Aparecida Santos Brandão, Maria Guiomar de Melo, Idalga Guimarães, Maria Tavares Paes, Rosa Capanema de Almeida, Dolores Volpini, Iracema Barros Guimarães, Guily Jardim.

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