domingo, 6 de setembro de 2009

Ladrilhos hidráulicos, ainda o casarão que foi dos meus tios-avós, Ângelo e Elvira Marcílio...


Presença constante em palácios europeus no século XIX, o ladrilho hidráulico foi moda por aqui na época da imigração italiana nos anos 1920. Hoje, ele está de volta, resgatado pela tendência retrô que valoriza elementos do passado na decoração. Quase um século depois, sua produção artesanal continua a mesma. Utiliza, inclusive, as fôrmas de bronze originais trazidas da Europa. A receita: as tintas são despejadas no molde, que depois é desenformado. Na seqüência, ganha camadas de pó secante e cimento úmido. Depois de prensada, a peça é levada ao descanso por 24 horas, seguida de imersão em água.

Fonte: www,viverbemonline.com.br



Os ladrilhos hidráulicos são originários da Itália. Esta técnica em pisos decorados foi trazida ao Brasil pelos mestres italianos. A técnica artesanal permite a confecção de peças personalizadas, mediante a escolha prévia das cores e modelos. O ladrilho é constituído por cimento hidráulico em camadas, a primeira, com superfície colorida e decorada, a segunda com granulometria fina e a terceira e ultima camada de parte inerte, a areia mais grossa.

A decoração segue inúmeros padrões, os desenhos podem ser geométricos, estilizados, com baixo relevo e com ramagem e flores. As tintas utilizadas são a base de ferro, e os ladrilhos têm durabilidade estimada em mais 100 anos.

Os ladrilhos externos ou de passeio apresentam características antiderrapantes e suportam cargas aplicadas de forma similar ao concreto. Os decorados, por sua vez, permitem a composição de pisos, resultando em belos efeitos decorativos.

Fonte: www.portaldaspedras.ind.br





Ladrilhos hidráulicos são um clássico da arquitetura de interiores. Não se trata de trabalho imortalizado por designers famosos. Muito menos da invenção mais fresca da indústria da construção. Essas peças que encantaram nossos avós e ainda hoje emocionam arquitetos e apaixonados por decoração são aqueles quadrados coloridos que lembram azulejos portugueses e compõem desenhos em pisos, paredes e tampos de móveis.

Derivação dos mosaicos bizantinos, os ladrilhos hidráulicos foram utilizados à exaustão na Europa antes de chegar a São Paulo, no início do século passado, pelas mãos de imigrantes italianos. Na época, o material aqui fabricado, pouco decorativo, era destinado às casas mais populares. Já as peças vindas de Portugal, da França e da Bélgica, belas e sofisticadas, enfeitavam os pisos das casas de fazendeiros, de museus ou da entrada de prédios chiques.

Como no passado, hoje tudo é feito artesanalmente. Nas poucas fábricas existentes, nada de máquinas ou computadores. Apenas poucos homens trabalhando, geralmente com mais de 40 anos, herdeiros da técnica transmitida pelos antecedentes. O trabalho se inicia com a escolha de um molde de ferro onde serão depositadas manualmente as porções de tinta, uma camada de cimento seco e outra de argamassa de concreto. O resto lembra o ofício de uma quituteira: desenformar, deixar repousando, imergir em água (daí o hidráulico), dispor em um armário para curtir. São 20 dias para que as peças estejam prontas para venda. "Dá orgulho ver tudo sendo feito como na época do meu avô", diz Marcelo Ruocco, 30 anos, que herdou da família a fábrica Dalle Piagge, na Lapa, em São Paulo, especializada em ladrilhos hidráulicos e uma das mais antigas do Brasil.

Saiba mais:
http://revistacasaejardim.globo.com/Casaejardim/0,25928,EJE502580-2186,00.html

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