sábado, 26 de setembro de 2009

Quem puder conte outra, que esta eu contei primeiro...

Por esta estradinha de terra deixei para sempre um pedaço da minha vida lá atrás...
Cheguei até essas paragens à procura do meu primeiro lar... A casa que me acolheu quando abandonei sei lá, algo maior? para acontecer gente neste planeta...
Encontrei a casa dos meus pais... e devo abandoná-la para sempre!
Mas, se essa estrada fosse minha
eu mandava, eu mandava ladrilhar
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes, só para, só para...
meu bem passear...

Me consolo e digo que tudo sempre esteve aqui e estará para todo o sempre. Que eu não vim de nenhum lugar para cá , nem quando nasci, porque sempre aqui estive. Não preciso mais voltar porque daqui nunca saí. Ainda sou aquela menina de quase três anos que se sentava à janela do trem com a mãe ao lado, bebê ao colo, para a longuíssima viagem de 15 quilômetros até à casa da Vó Ina, em Ouro Fino. Sou a menina que existiu ali antes de mim e a que continua morando lá.

Passa boi... passa boiada...
passa, passa cavalo...
passa cavaleiro...
quem puder conte outra, que esta eu contei primeiro...

Para saber a história inteira, leia os posts anteriores.

http://twitter.com/clarafavilla

Nenhum comentário:

Postar um comentário