terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lea também leu livrinhos de Nina Salvi


Clara,
seu livrinho me lembrou do meu. Somos contemporâneas e aos sete anos ganhei da dulcíssima professora Terezinha de Jesus Arantes, As Aventuras de um Mosquitinho, escrito pela mesma Nina Salvi, e que também me acompanha até hoje.

Tenho muitos parentes colaterais de Ouro Fino, que não é muito longe da cidade de Mogi-Guaçu, onde nasceu minha mãe e que adotei como torrão natal, embora tenha vindo ao mundo nesta paulicéia desvairada. Parabéns pelo blog, que pretendo acompanhar.
Lea Beraldo

Comento: Bem que eu procurei mais informações, fotos e capas de livros infantis de Nina Salvi, na internet. Mas bem pouco achei. Apenas uma pequena nota disponível no portala da cidade de Curvelo, Minas Gerais, cidade natal da escritora informa que o nome verdadeiro dela era Noêmia de Salvo Souza, nascida a 25 de fevereiro de 1902, filha do major Antônio Salvo e de dona Maria Bella Penna de Salvo.
Premiada em concurso de literatura infantil do Ministério da Educação, não parou mais de contar suas histórias e encantou a crítica e o público leitor, principalmente as crianças.
Dentre outras obras, lançou: “O Milho de Ouro”, “O Tesouro da Ilha”, “Os Anões Encantados” e “A Ceguinha do Poço”. Chegou ao teatro com “Ana Lúcia no País das Fadas”, livro colocado pela UNESCO, em 1974, entre os melhores da literatura infantil no contexto internacional.
Bem querida Lea, Nina Salvi foi tão importante para as crianças da década de 50 e 60 que merecia ter seus livros todos digitalizados, organizados por data de publicação. Nem a foto da escritora está disponível. Infelizmente.

Eu também estou aqui:
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htpp://twitter.com/clarafavilla

4 comentários:

  1. Prezada Clara, já não se fazem professores nem educadores como antigamente. É muito triste que uma pessoa tão importante para tantos de nossa geração como a Nina Salvi tenha desaparecido no esquecimento. Você não imagina como fiquei feliz em ler em seu texto a menção ao livrinho. Foi como se abrisse uma janela ao sol radiante dos dias em que tinha sete anos. Lembro-me de como fiquei acanhada ao ser chamada para receber o livrinho. Era um prêmio pelo término do primeiro ano entre as três melhores alunas da classe (junto com Iara D'Amico e Maria Hermide, que era sobrinha da Diretora, professora Linda Nassar). Não raro fico imaginando onde andarão essas senhoras hoje em dia. Será que guardaram os livrinhos também? Não sei, mas sei que meus dois filhos leram o meu "Aventuras de um Mosquitinho".Ah, bons tempos! São essas boas memórias assim que embalam aquela felicidade interior que nem é possível descrever. Grata pela oportunidade de recordar! É também muito bom ler seus textos.
    Saudações,
    Lea Beraldo (leaberaldo@uol.com.br)

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  2. Procurando por informações sobre Nina Salvi, encontrei seu blog.
    Digitalizei a "História do Príncipe Abdel Assur" 4a edição da Melhoramentos. Mas naquele tempo não imprimiam a ficha técnica do livro. Nem sei qual a data dele. Se te interessar, mando por e-mail. Está em pdf.
    driromanini@gmail.com

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  3. minha avó Noemia de Salvo Souza.
    23 – 11 – 1944, matéria do jornal da noite - Em ANA LUCIA NO PAIS DAS FADAS, ao lado de uma linda historia bem brasileira de Nina Salvi, adptada por Dina Zita, os pequeninos freqüentadores do teatro infantil da A.B.C.T encontrarão uma deliciosa musica de Milton Amaral, além de diversos números de bailado pelo corpo de baile infantil do teatro municipal. Os cenários de Oscar Lopes e Raul de Castro, completam esse espetáculo que será apresentado no próximo domingo as 10:00 horas da manhã, no Carlos Gomes, sob a direção de Olavo de Barros

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  4. Boa noite Clara, infelizmente muitos autores, ilustradores e tradutores de livros infantis do passado desapareceram, hoje muitas obras quando muito são encontradas na web estão em sites de leilão, sem muitas informações, á os autores esses nem configuram numa simples nota. Nesses dias estava a pesquisar sobre livros infantis para um trabalho sobre o Monteiro Lobato e me deparei com uma produção contemporânea a ele, graças aos esforços dele para desenvolver um mercado editorial, enfim me deparei com a Nina Salvi e demais autores em um artigo na extinta revista VAMOS LÊR! da década de 30, fui traçar uma linha de publicações desse período e qual a minha surpresa ao me deparar com um acervo incrível, mas que infelizmente mais da metade não circula no mercado e nem em bibliotecas. Destes somente autores como Veríssimo, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, e Cecilia Meireles ainda se mantem, os outros 15 autores mencionados no artigo de R Magalhães Junior, alguns destes autores ganharam prêmios como foi o caso da orba "o mistério do Anel" de
    Miroel Silveira que em 1945 recebeu o prêmio Antônio de Alcântara Machado, da Academia Paulista de Letras. Até a obra antiga do próprio Lobato é de difícil acesso para o pesquisador, pois o acervo digital que deveria existir em todas as grandes bibliotecas dando acesso ao leitor pesquisador que reside distante dos grandes centros não existe.

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