Passei apenas umas horas passeando pelos lindos recandos do Hotel Fazenda Menino da Porteira, quando estive em agosto em Ouro Fino. Mas essas horas, tenho certeza, iluminarão minha vida inteira...
Prezados leitores, minha sina é escrever. Se eu acreditasse em vidas passadas me veria um escriba anotando todos os atos de um faraó e depois sendo enterrado com ele. Este escriba me habita há milênios. Nasci repórter. Mesmo antes de interpretá-los, registro os fatos. O que não deixa de ser o primeiro ensaio da interpretação.
Este blog dedico à cidade de Ouro Fino, onde nasceu minha avó materna, Venerina Ceccon Marcílio; meus pais, Dário e Elza. Minha cidade natal e de dois de meus irmãos, Vera e Dante. Talvez vocês que nela moram, nem a reconheçam nos posts deste blog. Porque falarei da cidade do meu coração, da minha cidade inicial, daquela que carrego comigo por onde quer que eu vá. Talvez ela nem exista de fato. É a cidade que sempre reluz em meus sonhos
Digo que sempre estamos voltando pra casa, buscando aquele lugar onde nossas dores tem amparo. Onde nos alimentamos de ambrosia, o néctar dos deuses. A nossa casa existencial, a casa do Pai. Não é sem razão que uma das parábolas bíblicas mais lindas é a do Retorno do Filho Pródigo. Outra é á dos Lírios dos Campos. Todas as duas impregnadas do sentimento que mais nos define como humano: a compaixão.
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